domingo, 17 de maio de 2015

EDME TAVARES



CAJAZEIRAS NO PLANALTO (Publicado no Jornal O NORTE em 1982- no livro “Prosa Caótica” Editora A UNIÂO, João Pessoa 1985)
      
       Sim senhor, vai o deputado Edme Tavares ser recebido em audiência especial pelo Presidente João Figueiredo. Assim noticiou ontem este jornal. Não me consta, na atual legislatura, que uma oportunidade dessas tenha conseguido outro integrante da nossa representação em Brasília, apesar das solicitações encaminhadas insistentemente ao Ministro Leitão de Abreu. E leve-se em conta o que se credita aos demais: antiguidade no “posto”, maior expe-riência. Um tento digno do deputado cajazeirense, meu com-panheiro em duas legislatura na Casa de Epitácio Pessoa, e que me acostumei a admirar pela habilidade e competência, aliadas a uma firmeza inabalável no desempenho do mandato que o povo lhe confia.
       “Cajazeiras ensinou a Paraíba a ler”, gosta de dizer o historiador Deusdedith Leitão. Se não à Paraíba, pelo menos  aos sertões dos rios do Peixe e Piranhas, algumas cidades do Ceará e do Rio Grande do Norte localizadas nas fronteiras com o nosso Estado. Seguindo a tradição da cidade do Padre Rolim, o amigo Edme está ensinando aos políticos da terra a lição da eficiência parlamentar, da res-ponsabilidade pública, debatendo os grandes problemas nacionais, encaminhando os pleitos do seu Estado com as específicas reivindicações regionais. Longe de mim o desejo de criticar a atuação dos nossos representantes, ressalto o desempenho deste deputado de “primeira vez”, a sua desenvoltura.
       Tenho em mãos o segundo número do “Informativo das Ati-vidades do Deputado Edme Tavares”, em apenas quatro meses de mandato. Um canal de comunicação responsável e indispensável com o povo, numa demonstração de que leva a sério a repre-sentação popular, prestando contas de sua atuação com atualidade. Dividindo o seu tempo entre os Ministérios na busca de recursos  e benefícios e o trabalho na Câmara Federal, vai o nosso conterrâneo  granjeando uma crescente admiração. Uma novidade, sem dúvida. Os paraibanos que o digam.
       Mas, voltando à audiência do deputado com o presidente, o fato é realmente auspicioso, tendo em vista os assuntos enca-minhados pelo parlamentar junto ao governo federal.  Entre outros destaco a redução da idade do trabalhador rural, para fins de aposentadoria, e o brilhante pronunciamento em defesa do Nor-deste, comentado encomiasticamente pelo confrade Agnaldo Almeida. A nossa imprensa, em suma, não tem negado espaço para divulgação do seu trabalho. Cavador, furão obstinado, persistente, assim Edme vai se insinuando, conquistando posições, recebendo do governador Wilson Braga prestígio e tarefas. É verdade. Em Brasilia, todos afirmam: o deputado Edme Tavares não se recusa a acompanhar os pleitos dos seus conterrâneos. E o faz com êxito, vigilante, com satisfação.  Por essa razão o governador que conhece como ninguém a burocracia na capital federal, tem no deputado de Cajazeiras já familiarizado e orientado por ele, um ponto de apoio para o encaminhamento dos casos do seu maior interesse.
       Como sertanejo e ligado por laços de família à cidade natal do deputado Edme Tavares, começo a ficar vaidoso, não escondendo o meu contentamento. O que não dizer do seu grande amigo prefei-to Epitácio Leite Rolim, dos deputados Antonio Quirino, José Lacerda e Efraim Moraes, entre outros, em cujas áreas de atuação política e apoiaram. Esperamos todos, os frutos da conversa que Edme manterá com Figueiredo. O Nordeste precisa de resultados positivos, pois não nos basta a esperança, que definha e se con-some no tempo. Aguardamos com justificada ansiedade a comu-nicação que Edme fará à Paraiba. Não esqueça Edme de levar ao presidente a nossa palavra de fé e desejo na recuperação de sua saúde, agravado o seu estado pelas crises que têm dominado a vida nacional, pelo peso de suas responsabilidades.

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