segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Venício Lima 21/11/2011 DEBATE ABERTO Fiscalização do governo ou poder paralelo? Será que estamos a assistir no Brasil à comprovação prática da afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”? A resposta a essa questão deve ser dada pela própria Justiça e pelas instituições políticas. Data: 12/11/2011 (*) Artigo publicado originalmente na revista Teoria e Debate, n° 94 No clássico Four Theories of the Press, de Siebert, Peterson e Schramm – uma das consequências indiretas do longo trabalho da Hutchins Commission, originalmente publicado no auge da Guerra Fria (University of Illinois Press, 1956) –, uma das funções descritas para a imprensa na chamada “teoria libertária” era exercer o papel de “sentinela” da liberdade. Em outro livro, também clássico, que teve uma pouco conhecida tradução brasileira (Os Meios de Comunicação e a Sociedade Moderna, Edições GRD, 1966), Peterson, Jensen e Rivers assim descrevem a função: Os libertários geralmente consideravam o governo como o inimigo mais temível e tradicional da liberdade; e, mesmo nas sociedades democráticas, os que exercem funções governamentais poderiam usar caprichosa e perigosamente o poder. Portanto, os libertários atribuíam à imprensa a tarefa de inspecionar constantemente o governo, de fazer o papel da sentinela, chamando a atenção do público sempre que as liberdades pessoais estivessem perigando (p. 151-152). Nos Estados Unidos, a teoria libertária foi substituída pela teoria da responsabilidade social, mas o papel de fiscalização sobre o governo permaneceu, lá e cá, geralmente aceito como uma das funções fundamentais da imprensa nas democracias liberais representativas. Jornalismo investigativo O chamado “jornalismo investigativo”, que surge simultaneamente ao “ethos” profissional que atribui aos jornalistas a “missão” de fiscalizar os governos e denunciar publicamente seus desvios, deriva do papel de “sentinela” e é por ele justificado. A revelação de segredos ocultos do poder público passou a ser vista como uma forma de exercer a missão de guardião do interesse público e a publicação de escândalos tornou-se uma prática que reforça e realimenta a imagem que os jornalistas construíram de si mesmos. Com o tempo, a mídia passou a disputar diretamente a legitimidade da representação do interesse público, tanto em relação ao papel da Justiça – investigar, denunciar, julgar e condenar – como em relação à política institucionalizada de expressão da “opinião pública” pelos políticos profissionais eleitos e com cargo nos executivos e nos parlamentos. Tudo isso acompanhado de uma permanente desqualificação da Política (com P maiúsculo) e dos políticos. Na nossa história política há casos bem documentados nos quais a grande mídia reivindica para si esses papéis. O melhor exemplo talvez seja o da chamada “rede da democracia” que antecedeu ao golpe de 1964 e está descrita detalhadamente no livro de Aloysio Castelo de Carvalho, A Rede da Democracia – O Globo, O Jornal e o Jornal do Brasil na Queda do Governo Goulart (1961-64); NitPress/Editora UFF, 2010. Mais recentemente, a presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou publicamente: A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo, de fato, a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo" (“Ações contra tentativa de cercear a imprensa”, O Globo, 19/3/2010, pág. 10). Poder paralelo Como chamou a atenção o governador Tarso Genro, na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em outubro passado: Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las (...) atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos (...) fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente (http://sul21.com.br/jornal/2011/10/grande-midia-quer-instituir-justica-p...). Será que estamos a assistir no Brasil à comprovação prática da afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”? A resposta a essa questão deve ser dada pela própria Justiça e pelas instituições políticas. A ver.

Venício Lima

21/11/2011


DEBATE ABERTO

Fiscalização do governo ou poder paralelo?

Será que estamos a assistir no Brasil à comprovação prática da afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”? A resposta a essa questão deve ser dada pela própria Justiça e pelas instituições políticas.
Data: 12/11/2011
(*) Artigo publicado originalmente na revista Teoria e Debate, n° 94

No clássico Four Theories of the Press, de Siebert, Peterson e Schramm – uma das consequências indiretas do longo trabalho da Hutchins Commission, originalmente publicado no auge da Guerra Fria (University of Illinois Press, 1956) –, uma das funções descritas para a imprensa na chamada “teoria libertária” era exercer o papel de “sentinela” da liberdade.

Em outro livro, também clássico, que teve uma pouco conhecida tradução brasileira (Os Meios de Comunicação e a Sociedade Moderna, Edições GRD, 1966), Peterson, Jensen e Rivers assim descrevem a função:

Os libertários geralmente consideravam o governo como o inimigo mais temível e tradicional da liberdade; e, mesmo nas sociedades democráticas, os que exercem funções governamentais poderiam usar caprichosa e perigosamente o poder. Portanto, os libertários atribuíam à imprensa a tarefa de inspecionar constantemente o governo, de fazer o papel da sentinela, chamando a atenção do público sempre que as liberdades pessoais estivessem perigando (p. 151-152).

Nos Estados Unidos, a teoria libertária foi substituída pela teoria da responsabilidade social, mas o papel de fiscalização sobre o governo permaneceu, lá e cá, geralmente aceito como uma das funções fundamentais da imprensa nas democracias liberais representativas.

Jornalismo investigativo
O chamado “jornalismo investigativo”, que surge simultaneamente ao “ethos” profissional que atribui aos jornalistas a “missão” de fiscalizar os governos e denunciar publicamente seus desvios, deriva do papel de “sentinela” e é por ele justificado. A revelação de segredos ocultos do poder público passou a ser vista como uma forma de exercer a missão de guardião do interesse público e a publicação de escândalos tornou-se uma prática que reforça e realimenta a imagem que os jornalistas construíram de si mesmos.

Com o tempo, a mídia passou a disputar diretamente a legitimidade da representação do interesse público, tanto em relação ao papel da Justiça – investigar, denunciar, julgar e condenar – como em relação à política institucionalizada de expressão da “opinião pública” pelos políticos profissionais eleitos e com cargo nos executivos e nos parlamentos. Tudo isso acompanhado de uma permanente desqualificação da Política (com P maiúsculo) e dos políticos.

Na nossa história política há casos bem documentados nos quais a grande mídia reivindica para si esses papéis. O melhor exemplo talvez seja o da chamada “rede da democracia” que antecedeu ao golpe de 1964 e está descrita detalhadamente no livro de Aloysio Castelo de Carvalho, A Rede da Democracia – O Globo, O Jornal e o Jornal do Brasil na Queda do Governo Goulart (1961-64); NitPress/Editora UFF, 2010.

Mais recentemente, a presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou publicamente:

A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo, de fato, a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo" (“Ações contra tentativa de cercear a imprensa”, O Globo, 19/3/2010, pág. 10).

Poder paralelo
Como chamou a atenção o governador Tarso Genro, na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em outubro passado:

Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las (...) atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos (...) fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente (http://sul21.com.br/jornal/2011/10/grande-midia-quer-instituir-justica-p...).

Será que estamos a assistir no Brasil à comprovação prática da afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”? A resposta a essa questão deve ser dada pela própria Justiça e pelas instituições políticas. A ver.
ESPANHA: A QUARENTENA DA DEMOCRACIA A  captura do Estado pelos mercados reduz a alternância do poder a um simulacro de democracia ao nivelar partidos e programas aos desígnios da lógica financeira. O atual deslocamento da disputa política para as ruas, a impulsionar as maiores mobilizações de massa registradas no mundo, desde 1968, é uma consequência direta desse rapto. Ele explica também o paradoxo espanhol. Berço mundial dos indignados, a sociedade espanhola deu uma esmagadora vitória ao extremismo conservador nas eleições gerais deste domingo, trazendo de volta ao poder o Partido Popular, de Aznar, agora porém ainda mais forte, com uma maioria parlamentar superior a que desfrutou em 2000, obtendo 186 de 350 deputados. A social-democracia foi triturada perdendo 59 cadeiras, enquanto  pequenos partidos à esquerda cresceram, mas sem ameaçar a robusta supremacia  da
direita. Sugestivamente, porém, o comparecimento às urnas foi bem inferior ao de 2008, com cerca de 30% de abstenção. O desinteresse, a indecisão e o elevado absenteísmo fazem deste  pleito a síntese de uma Europa esmagada entre a ganância dos mercados e a rendição socialdemocrata ao neoliberalismo. A esperança em um novo ciclo de soberania democrática, que reunifique o comando econômico e político do Estado nas mãos da sociedade, terá que se materializar  a partir das ruas.

(Carta Maior; 2ª feira; 21/11/ 2011)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Entrevista Blog do Tião






ENTREVISTA BLOG TIÃO LUCENA, - I
02-11-2011
1 -  Como é a vida de um intelectual dentro das brenhas do Piancó?
R - Desculpe se me alongar nas respostas. Você autorizou. Tenho de aproveitar a “chancha”. Tião, esta questão de “brenhas”, está mais ligada ao cangaço (você princesense sabe como era e que já passou), é uma romântica memória citadina, depois ilustrada pelos filósofos modernos como “aldeia rural” transformada mercê do desenvolvimento tecnológico da comunicação em “aldeia global” de modelo capitalista. De sorte que as minhas “brenhas” são na verdade, ambiente bastante animado, povoado de aparições: radio, tv, celular, computador, que nos conectam com o mundo. E geladeiras e microondas. Está, na frente da minha casa, somente, a ilha vegetal, o esquisito capão de mato. Surgiu como uma epígrafe, num tempo de minha vida ─ um símile extravagante  ─ quando já avançado na idade me mudei da cidade para a fazenda num “acidente de percurso”: eu um citadino, menino de rua, de circo, de grupo escolar, de igreja, um estranho no lugar, que ali a minha presença noutro tempo era vilegiatura, ocasional, não era voltada para o trabalho e o dinheiro, motor das mudanças sociais, de que se ocupavam os proprietários de terra e os seus confinados moradores. Proprietário por herança, arrendada, meu pai não cuidava da terra, mas do comércio, preferia os ares da cidade, depois o irmão deputado o fez servidor público.
2 - Você já foi deputado no tempo dos tupamaros. Por que nasceram os tupamaros e o que o grupo fazia?
R - Em breve notícia autobiográfica, alinhei referências sobre a minha participação na política partidária da minha cidade e do Estado, que teve início na Década Sessenta, ao lado de Clarence Pires, Antonio Mariz, Romeu Gonçalves, Otacílio Silveira e outros conterrâneos e amigos ligados a João Agripino. Em eleições seguidas marchamos numa frente de atuação comum, tendendo às posições ditas de esquerda no cenário nacional. A história local confirma os lances dessa militância político-partidária. Foi no tempo que João deixava o governo e o substituía o seu correligionário (UDN-ARENA) Ernani Sátiro escolhido em eleição indireta. Os dois não guardavam simpatia recíproca e os seus amigos também. No discurso de posse, certamente incomodado com a popularidade de João, Ernani disparou: “Sucedo um amigo e companheiro de partido, mas deixo claro que o meu governo não é papel carbono”. Dito e feito. Instalado o novo governo, o atilado deputado Edvaldo Mota que fazia oposição a Ernani em Patos, sentindo-se enfraquecido pela ascensão do seu adversário, num lance de esperteza, xeretou, cooptou, reuniu as “viúvas de João” para fortalecer a sua posição. Inexperiente no exercício do meu primeiro mandato, e o valoroso Waldir Lima por razões que só Deus sabe (depois Ernani qualificou-o de exasperado, que ele contestava aos berros) entramos de graça na querela patoense. Aí também funcionou a malandragem de Manoel Guadêncio e Johnson Gonçalves, que levaram as candidaturas de Álvaro deputado federal e Múcio Sátiro deputado estadual, em nome do novo governo, para catar votos em Sousa. Um era Chefe da Casa Civil o outro Oficial de Gabinete de Ernani, e profissionais no ramo da encrenca. E quantas dificuldades me criaram. Imagine que eu encaminhava e o governador atendia e solucionava  reivindicação da região, e o telegrama que lá chegava era de Johnson!
3 - De repente você abandonou a política, quando dizem que quem entra nela não sai. Por que?
      R - Constatei na minha breve presença como parlamentar e ocupante de cargos no executivo, que entramos na política em razão de compromissos familiares de chefia local, em nome de idéias e interesses alheios, movidos pelo que chamamos espírito público, voltados para a realização de projetos grandiosos, de realizações no campo da administração. Isto logo desaparece, e permanecemos na cena, eu pelo menos, por mero capricho, para mostrar prestígio e coragem, para não ceder espaço, para figurar na linha dos titulares do poder político. A ideologia pouco representa para a maioria, mas o dinheiro vale muito e eu não o tinha. Afastei-me. Como afirmei em outras oportunidades, ao longo de minha vida, amadureci idéias, conceitos, convicções. Muito jovem, ainda, aí pelos dez anos de idade, a candidatura de um parente (Manoel Mariz de Oliveira, tio-afim) a deputado estadual pelo Partido Comunista, chamou a minha atenção para os valores sociais, em razão das discussões sobre o assunto no seio da família. Farta era a literatura socialista na sua casa a que tive acesso. A nossa cidade, estava na época submetida às exigências e ao domínio tutelares da Igreja Católica Apostólica Romana que “amparava as oligarquias mediante o controle do movimento sindical e popular, deles expurgando qualquer traço esquerdizante, fosse radical, socialista, comunista ou mesmo liberal maçônico”, como acentua o historiógrafo José Octávio. Afortunadamente para nós, em Sousa nasceu uma escola política fundada na ética, o “marizismo”, que a Paraíba conheceu. Sem demérito para outros que dela participaram, lembrarei três nomes representativos que a integraram João Agripino, Antonio Mariz e Otacílio Silveira: o primeiro, João, pelas qualidades pessoais de liderança e também pelo respeito à moralidade na gestão da coisa pública; o segundo, Antonio, à par de idênticas qualidades, destacou-se pelas convicções socialistas do seu pensamento e de suas ações, revelados nas posições adotadas no exercício dos mandatos de prefeito, deputado, senador e governador do Estado que o povo lhe conferiu. Quanto ao terceiro, Otacílio Silveira, somava àquelas qualidades evidenciadas, a dedicação ao estudo, a soma de conhecimentos que possuía pronto para incentivar, orientar e participar das tarefas comuns, e, a eficiência na sua execução. Eles honraram a vida pública paraibana, deixaram um legado de inestimável valor moral, razão pela qual não devemos esquecê-los, e lembrá-los sempre, para motivar as novas gerações, hoje atraídas pelo oportunismo e o imediatismo da vida moderna.
Considero um dever, para a avaliação de minha efetiva participação na luta política que dominava o país, frisar que, estudante da Faculdade de Direito do Recife, a minha militância levou-me, na aliança operário-estudantil, em algumas oportunidades, a entrincheirar-me nos piquetes de violentos protestos do proletariado pernambucano, nas greves da “Tecelagem de Macaxeira”, do Sindicato dos Comerciários, na Rua da Imperatriz, dialogando eventualmente com Miguel Arrais, Gregório Bezerra, Chico Julião, David Capistrano e ouros líderes destacados da esquerda. Os ideais reconhecidamente “apaixonantes e otimistas do marxismo-leninismo e os triunfos imperiais dos exércitos do generalíssimo” na Segunda Guerra Mundial infundiam persuasão, esperanças e protestos na juventude que comentava e estudava a história nas universidades, através de leituras, na imprensa, de debates nos encontros político-culturais. Passei, por fim, como cidadão e profissional, a vivenciar os problemas do povo e do país, na urgência do momento, do agora. Buscava um modelo na história brasileira e encontrei-o no reformismo constitucional, dúbio é verdade, que nos legou a chamada Revolução de Trinta. Lutava como ainda hoje o faço, por um governo nacionalista no âmbito da cultura e da economia. Mas, igualmente fraterno, como anunciava o internacionalismo proletário prometido pelo socialismo de estado em voga.
     4 - E o escritor Eilzo Matos, continua produzindo?
   R - A leitura e a reflexão tomam o tempo que me sobra das encrencas (seca, formigueiros, morcegos, saúde do rebanho, etc) rurais. E a internet permite através da chamada “rede social”, um contato com amigos ligados ao jornalismo e às letras. Mantenho um blog onde divulgo semanalmente breves comentários e ensaios sobre o cotidiano e questões do nosso tempo. Penso reeditar o romance “Viajantes do Purgatório” com apresentação de Evandro Nóbrega e o segundo tomo do “Prosa Caótica – jornal, ensaios, textos escolhidos”.
      5 - Parece que você anda meio desiludido com a Academia. Não gostou de ter virado imortal?
      R - Ali encontrei velhos amigos e conhecidos militantes no mundo das letras. Nada contra a instituição. Um ambiente de fato estimulante para a discussão e elaboração de projetos culturais. Mas contido por interesses outros que também povoam o mundo das letras. Pessoas notáveis. E foi-me dada oportunidade de ocupar a cadeira que pertencera ao intelectual Luiz Augusto Crispim, um dos primeiros nomes que avistei na literatura viva paraibana. Ao chegar do Recife, retornando do longo período de aprendizado intelectual e militância política na velha Faculdade de Direito, a vida partidária em Sousa empurrou-me como deputado estadual para João Pessoa – cidade estranha para mim, que me tornara muito ligado a Pernambuco, desde os últimos anos do ginásio. A Paraíba era representada e lembrada por alguns conterrâneos que lá estudavam, se empregavam para ganhar a vida. Somente. Reiniciei, então, em João Pessoa, antiga convivência com o literato boêmio Virgínius da Gama e Melo, que conhecera na Mauriceia, num circuito de paraibanos – exilados alguns, indigitados devedores arrolados no arquivo da justiça criminal, campinenses principalmente: Gaudêncios, do Ó, Agra, Figueiredo, Rego e agregados. Freqüentávamos o bar “A Portuguesa”, agitado pela presença de comerciários, discretos jovens aficionados, escritores e produtores culturais, funcionários públicos, militantes partidários, pessoal ligado à imprensa, fregueses atraídos pelo jornalismo político e literário, praticado ali na proximidade do “Jornal do Comércio” e do “Diário de Pernambuco”, que se vigiavam. Em aqui chegando, à Parahyba, como se diz, ou melhor, dizem os perrepistas, integrei-me ao meio artístico-cultural. Participei de reuniões, compareci a conferências e debates. Escrevi para jornais. Tomei conhecimento de uma tese sobre literatura, divulgada em publicação recente, de autoria do jovem escritor Luiz Augusto Crispim – na linha do pensamento marxista do húngaro Georg Lukács, figura comentada e obrigatória ao lado de Sartre nos saraus literários dos comunistas e esquerdistas pernambucanos que eu frequentara. Dele me aproximei, ele prefaciou meu livro de versos “A Face do Tempo” e cultivamos grande amizade. Como você vê terminei imortal. O mais é coisa de “despeitado” como acentuavam os saudosos amigos Caixa Dágua e Mocidade, estes de fama imorredoura na memória da nossa Capital das Acácias, como cantou o meu colega de Faculdade no Recife, o poeta Jomar Souto. Veja você que fui convocado pelo presidente da casa para fazer o protocolar discurso, passados os 30 dias do falecimento do acadêmico Gláucio Veiga, uma sumidade no mundo das letras jurídicas, da filosofia, da literatura (célebres são as suas “proustianas” notas publicadas no Diário de Pernambuco em 1949). Conheci-o  no Recife: eu estudante ele professor na Faculdade de Direito. Foi o mais vigoroso combatente da ideologia e das investidas do nazismo em Pernambuco durante a Segunda Guerra Mundial. Era conhecido nas rodas da escola como o “cabo marxista” como registra José Rafael de Menezes, e ele afirma que, deixando as fileiras do exército brasileiro a que servira: “Entrava na vida civil com a ortodoxia marxista-leninista” na pág 9 do seu tratado “História das Idéias na Faculdade de Direito do Recife”, dedicando ainda o III volume da obra citada ao coronel Clauss Von Stauffenberg, fuzilado por comandar a chamada “Operação Valkiria” que disparara uma bomba no gabinete de trabalho de Hitler, na tentativa de assassiná-lo. Pois fui contestado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira e pelo presidente Juarez Farias por ter feito tais referências, em plena sessão solene. Revidei que eles tinham a imprensa e a revista da academia e me contestassem, pois eu não mudaria uma virgula no discurso escrito. Fui informado depois que a jornalista Gisa Veiga, que não conheço pessoalmente, sobrinha de Gláucio, contestou entre amigos o meu discurso. O que disse está dito, as referência alinhadas.
6 - Você foi partidário de Ricardo Coutinho e de repente rompeu. Ricardo deixou de prestar pra você?
R – Em política o meu compromisso é com a liberdade e a democracia e acho que é possível encontrá-la. Concordo com Norberto Bobbio que “A democracia não goza no mundo de ótima saúde, mas não está à beira do túmulo.” Não se trata de “otimismo ingênuo” como adverte o seu tradutor Marco Aurélio Nogueira, que completa: “Apesar de seus defeitos, a democracia permite a esperança, pois pode ser melhorada.” Esta é também a minha crença. Invisto contra todos que pela esquerda e pela direita, de forma antidemocrática, enganam o povo, traem compromissos assumidos de forma solerte e criminosa, como o fizeram Franco, Salazar, Pinochet, Fujimori e outros conhecidos genocidas, que servem de modelo inspirador a tipos como Ricardo Coutinho. Não me incluo entre os mais capazes, os mais isentos e imparciais. Quem não cometeu desacertos na vida? Se os cometi, todavia, não foram de natureza a me incluir no rol dos culpados ou processados pela justiça pública, objeto de investigação pela polícia judiciária, criminal, de receber na imprensa falada, escrita e televisionada a acusação, a pecha de estelionatário, de corrupto como os integrantes das coligações partidárias articuladas e arregimentadas pelo governador, mestre na dissimulação, na desfaçatez. E a sua presença no rol dos indiciados, dos processados, dos condenados. Este é o seu mal. É essa a sua decantada ética? Prossigo na minha luta, confortado pelas palavras do sociólogo Darcy Ribeiro, referindo-se à derrota de seus projetos em prol dos índios, de uma universidade livre: “Os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”. Sem outro relacionamento, além de determinação e conveniência partidária fiz dobradinha com Ricardo nas eleições de 2006, votados em Cajazeiras e Sousa por alguns filiados, com parede pintada e tudo. Aliás, como se diz, saí candidato a deputado federal atendendo instâncias de Avenzoar, no intuito de ajudar a eleição de Lula com alguns votos que arrancasse dos meus amigos conservadores. Só. “Se aceitarmos a legitimação adulatória de uma nova ditadura, a política não será mais do que o palco de um pseudo-debate entre partidos que exageram a dimensão de pequenas diferenças para melhor dissimular a enormidade das submissões e proibições que os unem...  Neste mundo globalizado e totalitário, poderemos ainda, os jornalistas e intelectuais, ser o contra-poder, a voz dos sem-voz? Reconfortar os que vivem no conforto? Como fazer isso quando alguns de nós já pertencem à classe dominante?” (Sérgio Halimi)
Ricardo tem quase toda a imprensa cooptada, conjurada, sugando as tetas dos cofres públicos, voltada em seu favor. Nos últimos anos, nos governos FHC e Lula cancelei sucessivamente, a minha filiação partidária ao PMDB e ao PT, e filiei-me ao PSB. Divulguei as razões que determinaram a minha decisão, na internet e na imprensa escrita,[1] e em manifestos e conclamações ao povo brasileiro, definindo tarefas que exigiam a nossa decidida integração numa frente de luta comum. Em relação a Ricardo um erro tático: ele percebeu eu não coonestaria a sua conduta fraudulenta.
Ocupei a “tribuna do cidadão” na Câmara Municipal de Sousa e os auditórios de universidades paraibanas (UFPB, UFCG, UEPB e UNIPE) convocando os cidadãos para a luta contra o processo imoral e lesa-pátria de privatizações do governo Fernando Henrique, a recuperação da ética como padrão de conduta dos homens públicos brasileiros. Por último, promovi debates sobre idéias discutidas pelos filósofos modernos Norberto Bobbio e John Rawls, a discussão dos programas partidários essenciais para compreensão do homem, da problemática política dos estados contemporâneos, que nos envolve.  De tudo foi notificado Ricardo que ignorou o chamamento, a convocação.
Na nossa Paraíba, por tais motivos, elevavam-se a cada dia as manifestações de rejeição aos candidatos a senador, patrocinados pelas facções partidárias que manipulam as chaves dos cofres públicos: PSDB, PT, PSB, PMDB, DEM para citar apenas estes. Como opção partidária, como anunciara anteriormente, sugeri ao partido ter um candidato a senador. Ricardo preferiu o corrupto Ney Suassuna que vendeu a honra da Paraíba arquivando no Senado a CPI que indiciava o Chefe de Gabinete de FHC Eduardo Jorge arrecadador das propinas recebidas pelo presidente. Foi nomeado ministro e demitido antes de 90 dias pela prisão de seus assessores com suspeitas e inexplicáveis malas de dinheiro em espécie. E iniciou a sua campanha para governador tendo como coordenador o deputado Armando Abílio, trocado depois pelo senador Efraim, nomes conhecidos na crônica política. -   (Continua)
ENTREVISTA BLOGO DO TIÃO, 02-11-2011 -II
     4 - E o escritor Eilzo Matos, continua produzindo?
          R - A leitura e a reflexão tomam o tempo que me sobra das encrencas (seca, formigueiros, morcegos, saúde do rebanho, etc) rurais. E a internet permite através da chamada “rede social”, um contato com amigos ligados ao jornalismo e às letras. Mantenho um blog onde divulgo semanalmente breves comentários e ensaios sobre o cotidiano e questões do nosso tempo. Penso reeditar o romance “Viajantes do Purgatório” com apresentação de Evandro Nóbrega e o segundo tomo do “Prosa Caótica – jornal, ensaios, textos escolhidos”.
      5 - Parece que você anda meio desiludido com a Academia. Não gostou de ter virado imortal?
      R - Ali encontrei velhos amigos e conhecidos militantes no mundo das letras. Nada contra a instituição. Um ambiente de fato estimulante para a discussão e elaboração de projetos culturais. Mas contido por interesses outros que também povoam o mundo das letras. Pessoas notáveis. E foi-me dada oportunidade de ocupar a cadeira que pertencera ao intelectual Luiz Augusto Crispim, um dos primeiros nomes que avistei na literatura viva paraibana. Ao chegar do Recife, retornando do longo período de aprendizado intelectual e militância política na velha Faculdade de Direito, a vida partidária em Sousa empurrou-me como deputado estadual para João Pessoa – cidade estranha para mim, que me tornara muito ligado a Pernambuco, desde os últimos anos do ginásio. A Paraíba era representada e lembrada por alguns conterrâneos que lá estudavam, se empregavam para ganhar a vida. Somente. Reiniciei, então, em João Pessoa, antiga convivência com o literato boêmio Virgínius da Gama e Melo, que conhecera na Mauriceia, num circuito de paraibanos – exilados alguns, indigitados devedores arrolados no arquivo da justiça criminal, campinenses principalmente: Gaudêncios, do Ó, Agra, Figueiredo, Rego e agregados. Freqüentávamos o bar “A Portuguesa”, agitado pela presença de comerciários, discretos jovens aficionados, escritores e produtores culturais, funcionários públicos, militantes partidários, pessoal ligado à imprensa, fregueses atraídos pelo jornalismo político e literário, praticado ali na proximidade do “Jornal do Comércio” e do “Diário de Pernambuco”, que se vigiavam. Em aqui chegando, à Parahyba, como se diz, ou melhor, dizem os perrepistas, integrei-me ao meio artístico-cultural. Participei de reuniões, compareci a conferências e debates. Escrevi para jornais. Tomei conhecimento de uma tese sobre literatura, divulgada em publicação recente, de autoria do jovem escritor Luiz Augusto Crispim – na linha do pensamento marxista do húngaro Georg Lukács, figura comentada e obrigatória ao lado de Sartre nos saraus literários dos comunistas e esquerdistas pernambucanos que eu frequentara. Dele me aproximei, ele prefaciou meu livro de versos “A Face do Tempo” e cultivamos grande amizade. Como você vê terminei imortal. O mais é coisa de “despeitado” como acentuavam os saudosos amigos Caixa Dágua e Mocidade, estes de fama imorredoura na memória da nossa Capital das Acácias, como cantou o meu colega de Faculdade no Recife, o poeta Jomar Souto. Veja você que fui convocado pelo presidente da casa para fazer o protocolar discurso, passados os 30 dias do falecimento do acadêmico Gláucio Veiga, uma sumidade no mundo das letras jurídicas, da filosofia, da literatura (célebres são as suas “proustianas” notas publicadas no Diário de Pernambuco em 1949). Conheci-o  no Recife: eu estudante ele professor na Faculdade de Direito. Foi o mais vigoroso combatente da ideologia e das investidas do nazismo em Pernambuco durante a Segunda Guerra Mundial. Era conhecido nas rodas da escola como o “cabo marxista” como registra José Rafael de Menezes, e ele afirma que, deixando as fileiras do exército brasileiro a que servira: “Entrava na vida civil com a ortodoxia marxista-leninista” na pág 9 do seu tratado “História das Idéias na Faculdade de Direito do Recife”, dedicando ainda o III volume da obra citada ao coronel Clauss Von Stauffenberg, fuzilado por comandar a chamada “Operação Valkiria” que disparara uma bomba no gabinete de trabalho de Hitler, na tentativa de assassiná-lo. Pois fui contestado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira e pelo presidente Juarez Farias por ter feito tais referências, em plena sessão solene. Revidei que eles tinham a imprensa e a revista da academia e me contestassem, pois eu não mudaria uma virgula no discurso escrito. Fui informado depois que a jornalista Gisa Veiga, que não conheço pessoalmente, sobrinha de Gláucio, contestou entre amigos o meu discurso. O que disse está dito, as referência alinhadas.
6 - Você foi partidário de Ricardo Coutinho e de repente rompeu. Ricardo deixou de prestar pra você?
R – Em política o meu compromisso é com a liberdade e a democracia e acho que é possível encontrá-la. Concordo com Norberto Bobbio que “A democracia não goza no mundo de ótima saúde, mas não está à beira do túmulo Esta é também a minha crença. Invisto contra todos que pela esquerda e pela direita, de forma antidemocrática, enganam o povo, traem compromissos assumidos de forma solerte e criminosa, como o fizeram Franco, Salazar, Pinochet, Fujimori e outros conhecidos genocidas, que servem de modelo inspirador a tipos como Ricardo Coutinho. Não me incluo entre os mais capazes, os mais isentos e imparciais. Quem não cometeu desacertos na vida? Se os cometi, todavia, não foram de natureza a me incluir no rol dos culpados ou processados pela justiça pública, objeto de investigação pela polícia judiciária, criminal, de receber na imprensa falada, escrita e televisionada a acusação, a pecha de estelionatário, de corrupto como os integrantes das coligações partidárias articuladas e arregimentadas pelo governador, mestre na dissimulação, na desfaçatez. E a sua presença no rol dos indiciados, dos processados, dos condenados. Este é o seu mal. É essa a sua decantada ética? Prossigo na minha luta, confortado pelas palavras do sociólogo Darcy Ribeiro, referindo-se à derrota de seus projetos em prol dos índios, de uma universidade livre: “Os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”. Sem outro relacionamento, além de determinação e conveniência partidária fiz dobradinha com Ricardo nas eleições de 2006, votados em Cajazeiras e Sousa por alguns filiados, com parede pintada e tudo. Aliás, como se diz, saí candidato a deputado federal atendendo instâncias de Avenzoar, no intuito de ajudar a eleição de Lula com alguns votos que arrancasse dos meus amigos conservadores. Só. Ricardo tem quase toda a imprensa cooptada, conjurada, sugando as tetas dos cofres públicos, voltada em seu favor. Nos últimos anos, nos governos FHC e Lula cancelei sucessivamente, a minha filiação partidária ao PMDB e ao PT, e filiei-me ao PSB. Divulguei as razões que determinaram a minha decisão, na internet e na imprensa escrita,[2] e em manifestos e conclamações ao povo brasileiro, definindo tarefas que exigiam a nossa decidida integração numa frente de luta comum. Em relação a Ricardo um erro tático: ele percebeu que eu não coonestaria a sua conduta fraudulenta.
Ocupei a “tribuna do cidadão” na Câmara Municipal de Sousa e os auditórios de universidades paraibanas (UFPB, UFCG, UEPB e UNIPE) convocando os cidadãos para a luta contra o processo imoral e lesa-pátria de privatizações do governo Fernando Henrique, a recuperação da ética como padrão de conduta dos homens públicos brasileiros. Por último, promovi debates sobre idéias discutidas pelos filósofos modernos Norberto Bobbio e John Rawls, a discussão dos programas partidários essenciais para compreensão do homem, da problemática política dos estados contemporâneos, que nos envolve.  De tudo foi notificado Ricardo que ignorou o chamamento, a convocação.
Na nossa Paraíba, por tais motivos, elevavam-se a cada dia as manifestações de rejeição aos candidatos a senador, patrocinados pelas facções partidárias que manipulam as chaves dos cofres públicos: PSDB, PT, PSB, PMDB, DEM para citar apenas estes. Como opção partidária, como anunciara anteriormente, sugeri ao partido ter um candidato a senador. Ricardo preferiu o corrupto Ney Suassuna que vendeu a honra da Paraíba arquivando no Senado a CPI que indiciava o Chefe de Gabinete de FHC Eduardo Jorge arrecadador das propinas recebidas pelo presidente. Foi nomeado ministro e demitido antes de 90 dias pela prisão de seus assessores com suspeitas e inexplicáveis malas de dinheiro em espécie. E iniciou a sua campanha para governador tendo como coordenador o deputado Armando Abílio, trocado depois pelo senador Efraim, nomes conhecidos na crônica política. -   (Continua)
UM ROTEIRO DE IDÉIAS  - DOCUMENTOS
Os documentos a seguir, divulgados a partir de 1959, revelam as posições políticas que assumi na Paraíba, os fundamentos filosóficos que as sustentava, a ideologia que as impulsionava. Nasceram da leitura e do conhecimento dos fatos da vida nacional, do conhecimento humano, das minhas reflexões. Vejo na sua evolução a coerência de princípios fundamentais, centrados na razão e no humanismo. 1 – O BRASIL PARA OS BRASILEIROS, revista “Letras do Sertão”, No. 18, pág. 14, outubro 1959, Sousa Paraíba.
2 – CUBA UMA COLÔNIA QUE SE LIBERTOU,  revista “Letras do Sertão”  No. 21, pág 29, janeiro 1961, Sousa Paraíba.
3 – ASPECTOS DA REALIDADE BRASILEIRA, revista “Letras do Sertão” No. 24, pág 7, outubro 1962, Sousa Paraíba.
4 – CADERNOS DO POVO BRASILEIRO, revista “Letras do Sertão”, No. 25, pág. 27, março 1967, Sousa Paraíba.
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1 – EM DEFESA DO BRASIL – Manifesto lido em ato público em João Pessoa no dia 1º de março de 1999.
2 – FILIAÇÃO AO PT, Nota de esclarecimento. Sousa, novembro de 2001.
3 – FILIAÇÃO AO PSB – Nota publicada no Correio da Paraíba no dia 30 de novembro de 2005.
4 – MOÇÃO PÚBLICA AOS CONVENCIONAIS DO PSB – Publicada no Correio da Paraíba no dia 28 de junho de 2006.
5 – SOBRE ANTONIO MARIZ E O PAVILHÃO DO CHÁ – Publicado no Blog do Tião, 24 de julho de 2006.
E demais textos divulgados em discursos, conferências, artigos e manifestos, alguns publicados em jornais da capital e através da internet no endereço do correio eletrônico eilzopb@yahoo.com.br ; blog, eilzomatos.zip.net.
     7 - Cássio Cunha Lima assume ou não assume o Senado?
R – Difícil arriscar uma afirmação quando o Poder Judiciário encontra-se num “baixo-astral” de fazer medo. Parece que não se julga mais o direito aplicável às demandas, mas as pessoas. É o que comenta a imprensa.
8 - Como você está vendo esse cai cai de ministros no Governo Dilma?
R – Lula buscava resultados em números que revelassem crescimento. Dilma defende a ética como padrão de conduta dos que fazem o seu governo.
9 - A corrupção será debelada um dia deste país?
R – É o que desejam os brasileiros. Mas é preciso lembrar que o neoliberalismo (globalização) permite que o Mercado engula o Estado que cuida do interesses do país e do cidadão. E como o jogador fraudado nos cassinos, o cidadão se desespera na roleta viciada das bolsas de valores, fica abandonado à própria sorte. Só isto mesmo.


5 - 2001 a 2006. eilzopb@newline.com.br; jornais “Correio da Paraíba”, “O Norte”,  “Ä União”, “Jornal da Paraíba”.
5 - 2001 a 2006. eilzopb@newline.com.br; jornais “Correio da Paraíba”, “O Norte”,  “Ä União”, “Jornal da Paraíba”.