quarta-feira, 30 de março de 2011

Colegio Conego Viana - Memória de sousa


COLÉGIO CÔNEGO JOSÉ VIANA - SALVAR A MEMÓRIA DE SOUSA
(Deixando tudo claro, para ajudar e mostrar a possibilidade de rapidez na efetivação do projeto).

1 - Sousa possui um valioso acervo artístico, histórico, literário, político e científico constituído de nomes, títulos, prédios, ambientes e acontecimentos, que é preciso pesquisar classificar e organizar para arquivamento, consultas, publicação e distribuição com o público.
2 - Percebo que existe interesse generalizado da comunidade em conhecer e disponibilizar informações a esse respeito, que contribuem para o engrandecimento da nossa cidade e de suas tradições e potencialidades. Aí está o Centro Cultural Banco do Nordeste aprimorando a formação intelectual da região. Agora muitos sabem das coisas, o que não é mais privilégio apenas de titulares de cargos ou assessores e acadêmicos ilustres.
3 - Refiro sem muitos detalhes, prédios e logradouros urbanos e rurais existentes – Acauã, Casarão de Deca Rocha, Grupo Escolar Batista Leite (depois Colégio Cônego José Viana) a bacia sedimentar do Rio do Peixe, o complexo irrigado das várzeas e os assentamentos e núcleos rurais. Em Acauã desenvolveram-se episódios da Revolução de 1817 com a presença de Frei Caneca, e residiu, na infância, o romancista Ariano Suassuna, cujas linhas arquitetônicas do conjunto barroco-colonial da fazenda ilustram edição do “Romance da Pedra do Reino e do Príncipe do Sangue do Vai e Volta”; nos prédios urbanos um marco da administração do presidente João Pessoa com a construção do Grupo Escolar Batista Leite (ver data no frontispício: 1928); da Revolução de Trinta, a mais importante do século, com o fuzilamento do comandante da tropa acantonada em Sousa, no casarão de Deca Rocha, onde servia o soldado, depois músico e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Em Sousa circulou a revista Letras do Sertão durante 18 anos com colaboradores locais e de outras cidades, e nomes notáveis nas letras nacionais; nos anos Sessenta foram implantados os “Núcleos 1, 2 e 3”, à jusante do Açude São Gonçalo, como experiência agrícola socializante no seu funcionamento; o complexo paleontológico Vale dos Dinossauros com a sua reserva petrolífera, o museu, o centro de estudos; inscrições rupestres e ocorrências de fatos da história geológica e antropológica local. Todos objeto de visitação e estudo.
4 - Tenho trocado idéias com Ivan Rosendo e outros sousenses sobre os fatos acima relatados, procurando oferecer uma visão objetiva, fundada na Lei, real e sincera, para atender esta grande expectativa local, e que se estende além das nossas fronteiras.
5 - Falo com franqueza, e conto antes uma breve história, tentando superar insucesso anterior. Sempre entendi que Sousa precisa de um Hospital Materno, Infantil. Existem espaço físico e recursos financeiros para isto, deixando folgado o orçamento municipal. O que o INSS e a prefeitura gastam no atendimento a gestantes, recém-nascidos e crianças no Hospital Regional, poderia ser feito no prédio (adaptado) que já existe, o antigo Pronto Socorro. Lucrariam as mães e as crianças, afastadas das filas gerais de acidentados, hansenianos, psicopatas, e todos portadores de outras doenças contagiosas. Falei com alguns prefeitos: João Estrela, Marizinho, Salomão que pouca importância deram à idéia. Acredito que eles entendem que a fala tem que sair do “TRONO”, a cadeira reservada para eles no seu gabinete. Nada a opor. Só lamentar o resultado: nada fizeram, e pagam e sofrem as mães e as crianças. Espero não incorrermos hoje na indiferença do passado. Voltemos ao assunto do patrimônio cultural sousense, ao Colégio Cônego José Viana.
6 - Ivan Rosendo, desculpa-se, fala que os tempos são outros. Seriam os homens diferentes ou os mesmos de sempre? Ignoro. Sei que cabe ao prefeito iniciar o procedimento. Não adianta medo e enrrolação. O problema é somente QUERER OU NÃO QUERER. A lei estabelece que o poder e o império dos chefes do executivo em todos os níveis (municipal, estadual e federal) é deferido para a rapidez e solução definitiva de temas assim, sem possibilidade de contestação nem protelação. Quanto a recursos, não acredito que a prefeitura de Sousa não disponha de dez mil reais (não precisa de mais) para o depósito e a posse imediata do bem. A quem couber o direito de receber o dinheiro, se desejar, pedirá após a decisão na justiça a reavaliação e o pagamento da diferença. Assim aconteceu com o terreno onde hoje está sendo construído o Campus VI da UFGC, na BR em direção a São Gonçalo. E acontece diariamente pelo Brasil afora.
7 - Quanto ao IPHAN e IPHAEP estes poderão contribuir administrativamente e financeiramente para outras ações: pessoal especializado, treinado para reparo nos imóveis, criação de organograma e fluxograma para instalação do que proponho: funcionamento da Biblioteca Municipal devidamente ampliada, e do Arquivo Geral de Sousa que detalharei oportunamente para conhecimento de todos, e discussão. E outros itens que entenderem incluir. Aceitem a lei e tudo será resolvido. E baterei palmas.  
8 - Digo sem reserva, que continuamos sofrendo e pagando as penas do descuido e da indiferença de alguns prefeitos de nossa cidade, de fatos que envergonham os munícipes: João Sorridente sem uma obra realizada ao longo de 14 anos; Salomão com dezenas de obras iniciadas, inauguradas, abandonadas, novos serviços, mas com o fornecimento de energia ao edifício da prefeitura cortado por falta de pagamento, servindo-se de um gerador-diesel para fornecimento de energia elétrica; Fábio Tairone com dois prédios ao lado da prefeitura, de inestimável valor histórico como todos sabem, que ele vê todos os dias, serem destruídos pelo intemperismo, sem nada fazer para evitar.
9 - Coloco-me a disposição do Grupo Vamos Salvar o Cônego José Viana, e também das autoridades para outros esclarecimentos que estiverem ao meu alcance. Esta não é uma peça de condenação, nem de lamentação, mas de estímulo, porque, tenho quase certeza, nenhum dos citados e seus seguidores darão a mão à palmatória. Receio que desviarão o rumo da discussão. Diz Ivan que É AÍ AONDE A SOCIEDADE CIVIL ENTRA: PARA PEDIR CELERIDADE AO JUDICIÁRIO, NUMA QUESTÃO DE TAL IMPORTÂNCIA. Boa pedida, também para pressionar o chefe do executivo, que a decisão do judiciário deverá ser imediata, decorre da lei.  Não articulo movimento e pressão contra o político Fábio Tairone, mas em cima daquele que é o gestor da administração municipal, por desejo pessoal e escolha popular. Ele é jovem, vitorioso, inteligente, preparado e sabe que tenho razão. O ativista Ivan Rosendo cuidará dos atos públicos. Ele é competente. E estarei do seu lado. E das autoridades que cumprirem o seu dever, acrescento. Vamos esperar.
Por Sousa e pelos sousenses, pela sua história!
 Eilzo Matos

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