sábado, 16 de julho de 2011

Itamar Franco


O BRASIL DE LUTO COM A MORTE DE ITAMAR FRANCO
Faleceu o grande brasileiro ex-presidente Itamar Franco, que no seu governo criou e ofereceu ao país o Plano Real que o colocou no caminho do desenvolvimento, sem a prática da corrupção hoje dominante na adminis-tração pública federal. Relembro o incidente provocado por grupos arrua-ceiros que invadiram o plenário da convenção do PMDB, depois de depri-mentes cooptações através de suborno de delegados para impedir a sua candidatura. Tudo mandado e coordenado por FHC, assessorado e finan-ciado pelos privatistas de plantão. Preparavam o assalto ao patrimônio nacional, como o fizeram no imoral processo de privatização de serviços e instituições estatais. Assim se apropriaram da Vale do Rio Doce por 3 bi quando vale 430 bi. Coisas da política safada praticada por elementos corruptos e sem caráter que enchem as agremiações partidárias. FHC o mentor, o maior de todos.
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Rendeu-se mais uma vez o governo à constatação de sua impotência frente à criminalidade no país. A legislação penal factóide e permissiva, a conivência na fraude aos princípios gerais e à ciência do direito, desde a Lei Fleury o demonstra. Pelo ar, pela terra, pelo mar e pelos rios, as forças le-gais são derrotadas no enfrentamento de gangues. A construção de pre-sídios para confinar um número geometricamente crescente de indivíduos presos todos os dias, revela o puro logro do projeto. Agora dispositivo eletrônico vigia delinqüentes soltos no meio da rua. Esta é a nova e humi-lhante comprovação de que é preciso mudar os rumos ou o projeto de go-verno, em curso desde Lula. Como acontece na Colômbia com as FARCs, em áreas inteiras do território brasileiro é vedada a presença do Estado:  favelas, fronteiras, rios, terra e mar. Mas os oportunistas e otimistas sempre retrucam, apelando para o insensato ufanismo: temos campeonatos de variadas modalidades desportivas, desfiles de moda, blogs na internet, mui-tos milhões de universitários, que, lamentavelmente, em face da má formação escolar, do apagão cultural, estão inabilitados para conquistarem empregos. Assim também acontece nas praças e calçadas das malocas africanas, na espoliada América Latina, no Oriente em violenta guerra civil.
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Uma TV paraibana noticiou decisão da Justiça Desportiva referente ao campeonato de "beach soccer". Escutei assim mesmo, em inglês.
  É de lascar!  Protesto em linguagem antiga, na forma também antiga.
Trata-se de herança de FHC que, apesar de monoglota, dispensava intérpretes para falar com estrangeiros. Mas causava vexames como revelou João Ubaldo Ribeiro. E me indago e aos meus prováveis leitores: “Porventura os norte-ameri-canos diriam futebol de praia ou futebol de areia, usando nossa caipira língua portuguesa? Jamais. O fato explica-se entre nós, outrossim, dada a pedagogia da malandragem que domina o cenário brasileiro, influenciado por mulheres despenteadas de saias frouxas e colares volumosos, de homens de japonesas e de bermudas, no meio da perna, sempre recém-chegados de encontros e seminários, que distribuem à custa do erário livros com frases assim: "nois gosta", “nois vai”. Alegam cumprir um dever “republicano”, porque se trata de inclusão social dos que não aprenderam na família e na escola nada sobre a conjugação dos verbos. Certamente. Talvez em português, porque sabem a significação de expres-sões e frases em inglês.
 
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Apesar de tudo impõe-se a manutenção de políticas de inclusão social. Constata-se, todavia, que o governo está impedido de executar projetos quer de interesse geral quer de categorias sociais ou de pessoas. Tudo depende de recursos orçamentários, controlados pelos patrões de FHC, credores da dívida do país, que priorizam o recebimento de juros. Nada de investimento e programas que interfiram na atual participação em percentuais do PIB. Comenta-se que os juros de mais de 10% a.a, levam à desendustrialização do país, desempregam os cidadãos.
 
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No Planalto, na Câmara e no Senado, nas conchamblanças minis-teriais falam em parar o êxodo rural. Impossível com o assistencialismo estimulado pela teconocracia lulista e ampliado por Dilma. Doido é quem fica no mato em rancho, sem estrada, sem hospital, sem transporte, sem cesta básica, bolsa escola, cegonha, celular, cultural, pão, leite e cuscus. Na cidade tem tudo isto e mais seguro safra sem plantar roça, minha casa, luz para todos etc. Não se comentam mais direitos trabalhistas. Para o governo vale a ascensão de classe dos cidadãos antes trabalhadores agora consu-midores. Logo mais não haverá nada a incluir. Só nos restará a política da exclusão violenta do que quer que seja. Nada mais de plenárias viciadas.
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Interdisciplinaridade eis noção e princípio urgentes a ser adotada pelo governo na formulação e execução de políticas públicas para realização da liberdade e da democracia. Basta de patrocinar a vaidade de super-ministros, de núcleos duros, de compadres e amigos, de reservar faixas de domínio partidário na condução da administração pública.
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Publicado por Tião Lucena em 08.07.2011 

“PROCURADOR PEDE CONDENAÇÃO DE 37 RÉUS DO MENSALÃO. Roberto Gurgel pediu absolvição de Luiz Gushiken por falta de provas. Expectativa é de que réus sejam julgados pelo STF ano que vem.O pedido de condenação para 37 acusados foi mantido. Entre eles estão o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, os deputados federais João Paulo Cunha (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e Valdemar Costa Neto, secretário-geral do PR, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e o publicitário Marcos Valério. Gurgel tirou Luiz Gushiken da lista de acusados alegando que não há provas contra o ex-ministro do governo Lula. O próximo passo do caso que ficou conhecido como escândalo do mensalão, em que parlamentares teriam recebido propina para votar a favor de projetos de interesse do governo Lula, será o voto do relator Joaquim Barbosa, do STF. A expectativa do próprio relator é de que o julgamento só ocorra no ano que vem”.  Por onde eles andam? No governo ou na opo-sição?     ........................................................