segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


O JOIO E O TRIGO
Prezado Tião: De volta para o sertão depois do checap (matuto na praça é sinal de grande negócio), envio-lhe este breve comentário a notícia lida no seu blog.
Porventura o individuo que estupra criancinha ou espanca a mãe, a avó para roubar o dinheiro da feira e do medicamento, deve ser perdoado pelo abuso ou crime cometido, ou pagar a pena da lei? Porventura o gestor público que sobe no palanque empavonado e organiza bando para fazer do cargo que conquista (nem sempre  democraticamente) objeto de sua vontade e dos seus amigos ou mandantes, desatento às regras morais que devem nortear a vida dos cidadãos, confunde-o e o transforma na ”cozinha” de sua casa, e aos berros dita ordens absurdas, criminosas, deve voltar a desempenhar a  função, ser ou impedido  para salvaguarda da ética pública?
Por economia de espaço, refiro somente estes dois exemplos, para mim, mutatis mutandis, semelhantes.
Calejada, vingativa, a sociedade mostra-se diante das circunstâncias, indiferente algumas vezes a tais situações que limitam a moralidade que deve presidir a vida da coletividade. Você parece mais uma vítima deste processo deletério. Lamento. Comentei na nossa roda do shopping que o governador tem a sua reeleição assegurada e elegeria Luciano Agra, que acreditava ser o seu candidato. Fiz tal comentário por entender que o governador sabe articular com indiscutível competência o processo eleitoral de escolha de candidatos, sempre ele ou os seus escolhidos. E não perde parada: vereador, deputado, prefeito, governador. Defendo a liberdade e a democracia.  Nele não votei nem nos seus candidatos, em razão do comportamento contrário a esses princípios que caracterizam os seus atos. Só.
A ninguém aproveita alegar o desconhecimento da lei. É principio e preceito que comanda o ordenamento jurídico nacional. Temos o caso do aeroclube, do serviço público estadual, arrastados pelos desejos dos atuais gestores a uma situação de flagrante desrespeito à ordem jurídica. Em tudo semelhante à pedofilia e aos crimes hediondos aludidos.
O problema Tião, é que o governador sabe misturar o joio com o trigo para ganhar eleições.  A teologia cristã não lhe serve, ensina diferente. Mas lhe tem assegurado alegrias embora à custa de lágrimas e de sofrimento de outros. É a vida. E o que entusiasma os paraibanos.
O meu amigo Marcos Odilon carimbou no título do seu estudo histórico-sociológico, freudiano-nietzchiano, que marcou época “Poder, Alegria dos Homens”.  Esta é a verdade capital.

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